domingo, 22 de setembro de 2013

Vale do Rio Trombetas

Trombetas. A bauxita no Brasil.



"Desde os tempos da colonização do Brasil, a Amazônia tem fascinado a todos com o mito das suas riquezas: navegadores, bandeirantes e cientistas; em pouco mais de quatro séculos de história, têm-se aventurado na busca de seus tesouros" [1]
Os complexos cristalinos da Amazônia guardam grandes reservas de recursos minerais ainda não de todo explorados. Dentre esses minérios a bauxita.
Na década de 1960 a empresa canadense Alcan já produzia alumínio no Brasil, mas precisava aumentar sua produção. O geólogo holandês Johan Arnold Staargaard, iniciou pesquisas na região do rio Trombetas, afluente da margem esquerda do rio Amazonas, próximo ao município de Oriximiná. Chegando à conclusão de que havia potencial de exploração econômica de bauxita na região.
O projeto trombetas foi paralizado em 1971 e reabriu às negociações em 1975, num jogo geopolítico a empresa canadense se associa à empresas brasileiras, um grupo de oito empresas que formaram a MRN (Mineração Rio do Norte).
Em 1979, as reservas iniciais de bauxita foram avaliadas pela Alcan em 620.000 toneladas.
As características geológicas e a grande quantidade de minério permitiram a exploração do mesmo a céu aberto. Sendo o transporte da bauxita feito por ferrovia com 30 km até a área de beneficiamento.
Em 1980, a produção prevista chega a 2.850.000 toneladas, para uma capaciade projetada inicialmente de 3,4 milhões.
Um projeto desse porte tem suas vantagens econômicas e causa problemas ambientais, apesar da fiscalização. Em 2007, o IBAMA multa a Vale (a MRN é subsidiária da Vale do Rio Doce) por vazamento de óleo no rio Trombetas. [2]
Para a MRN desde o início e "por iniciativa própria, também investe na região através de projetos sociais, baseados em quatro pilares: saúde, educação, desenvolvimento sustentável e meio ambiente." [3]
Trombetas é apenas um entre tantos exemplos de grandiosidade mineral na Amazônia. Sua imensidão e potencialidades minerais ainda não são de todo conhecidas. A região possui localização estratégica, perto dos mercados europeus e estadunidense.
Interessante seria iniciativas que visassem seriamente a não degradação do meio ambiente natural (se é que pode ser feito isso) e tentar reverter o lucro das grandes empresas que atuam na região para projetos voltados ao desenvolvimento social e econômico da Amazônia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário