domingo, 22 de setembro de 2013

RECURSOS MINERAIS E ENERGÉTICOS DO BRASIL



RECURSOS MINERAIS E ENERGÉTICOS DO BRASIL



RECURSOS MINERAIS E ENERGÉTICOS DO BRASIL





Embora o Brasil seja considerado um país rico em recursos minerais, ainda não se 
conhece realmente a potencialidade de todos esses recursos.
Em relação aos recursos energéticos, nota-se no Brasil que o consumo de energia tem aumentado na razão direta de seu aumento populacional e de desenvolvimento industrial. 
Sabemos, entretanto, que o país não é auto-suficiente em energia, necessitando importar principalmente combustíveis fósseis (carvão, mineral e petróleo), além da tecnologia para beneficiamento do urânio utilizado na usina nuclear de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro.





Minério de ferro



Hematita, magnetita, limonita, sideríta e pirita. São minérios mais abundantes em todo o território nacional aparecendo em terrenos cristalinos do Pré-Cambriano, especialmente do Proterozoico ou Algonquiano.



Quadrilátero de Minas Gerais: corresponde a uma área de 7.000 Km² formada pelas cidades de Belo Horizonte, Santa Bárbara, Mariana e Congonhas, que formam os vértices de um quadrilátero. Sua produção, além de abastecer o mercado interno, 70% destina-se a exportação.



Morro do Urucum – MS: Situa-se em pleno Pantanal mato-grossense, com reservas calculadas em mais de 1 milhão de toneladas e teor metálico de mais de 60%. As grandes distâncias do mercado consumidor dificultam a sua maior exploração. Através do Rio Paraguai, portos de Corumbá e Ledário, o minério é exportado para a Argentina e daí para o Japão.



Serra dos Carajás – PA: situa-se a sudeste de Marabá, a 500 km de Belém, entre os rio Tocantins e Xingu. Conta com uma reserva de 18 bilhões de toneladas, quantidade suficiente para manter o atual nível de produção brasileira de minério por 200 anos, entretanto, lá se encontram ainda milhões de toneladas de níquel, manganês, bauxita, cobre e outros em uma área de apenas 60 km de raio. Nessa região o governo federal construiu uma ferrovia de 890 km, desde da região do Projeto Carajás até o porto de Itaqui, na ponta da Madeira no Maranhão. A exploração está a cargo da CVRD.





Minério de Manganês



Pirolusita. É utilizado na fabricação de aços especiais, indústria química, vidro e baterias elétricas. É encontrado também em terrenos antigos do proterozoico.



Quadrilátero Ferrífero: ocorre na mesma área até o minério de ferro, podendo se destacar as localidades de: Conselheiro Lafaiete, onde está o morro da mina de São João Del Rey, Itabira, Ouro Preto, etc. Sua produção siderúrgica da região.



Serra do Navio – AP: Localiza-se junto às margens do Rio Amapari, afluente do Araguari. Sua 
exploração é realizada pela ICOMI (Indústria e Comércio de Minérios), empresa privada de 
capital nacional que adquiriu a parte das empresas americanas que também já exploraram o 
minério. Seu transporte é feito pela Estrada de Ferro do Amapá, até o porto de Santana, de 
onde é exportado principalmente para os EUA. Produz 80% do manganês brasileiro, sendo que 
a exportação é uma opção devido às grandes distâncias do mercado consumidor interno.



Morro do Urucum – MS: da mesma maneira que o minério de ferro da região é pouco explorado devida às grandes distâncias dos centros consumidores do sudeste, é também exportado para o Paraguai e Argentina através do porto de Corumbá no rio Paraguai. Outras reservas ocorre no Projeto Carajás, Bahia, Goiás e Espírito Santo.




Alumínio


Bauxita. A produção tem aumentado muito na última década,. tendo o país passado de importador a exportador no início dos anos 80.
As principais ocorrências são nas seguintes áreas: Minas Gerais, Ouro Preto, Mariana, Poços de Calda e no Pará – Oriximiná (Vale do rio Trombetas).
A produção mineira atende as indústrias da região sudeste como ALCAN, ALCOA, CBA, enquanto que a produção do Projeto Trombetas abastece a ALCOBRÁS e ALUNORTE 
no estado do Pará e ALUMAR em São Luís do Maranhão. Os maiores produtores mundiais são: Austrália, Jamaica, Hungria e Grécia.
Carvão Mineral


A principal área de exploração é o Vale do rio Tubarão, em Santa Catarina abrangendo os municípios de Criciúma, Lauro Muller, Siderópolis, Urussanga, Araraguá e Tubarão. 
Explorado pela CSN, transportado pela Estrada de Ferro Tereza Cristina até o porto de Imbituba, de onde o produto é levado por cabotagem até a região sudeste, para abastecer principalmente a CSN, em Volta Redonda – RJ, a COSIPA em Cubatão e as siderúrgicas mineiras, onde o carvão chega através da estrada de ferro Central do Brasil e proviniente do porto de Sepetiba – RJ.
A exploração do carvão no Rio Grande do Sul é feita no Vale do rio Jacuí, com destaque para os municípios de São Jerônimo, Leão, Bajé, Butiá, Candiota e Hulha Negra. 
Utilizado no transporte ferroviário e para a produção de energia termelétrica.
A extração do carvão no Paraná é feita no Vale dos rios Cinzas e Peixe.
A maior parte do carvão brasileiro é explorado a céu aberto, o que consiste em uma grande vantagem, pela economia e segurança, por outro lado, muitos problemas surgem, tais como: grande quantidade de impurezas, pequena espessura das camadas de carvão, baixo nível tecnológico na exploração e alto custo dos transportes entre as áreas produtoras e as de 
consumo.




Petróleo


Começou a ser explorado no Brasil no final da década de 30, quando o petróleo jorrou pela primeira vez, em 27 de janeiro de 1939, no município de Lobato – BA.
Em 1953, foi criada a PETROBRÁS, pela lei nº 2.004 de Getúlio Vargas, que instituiu o monopólio do produto, com exceção da distribuição de derivados, que também é feita pela Esso, Texaco, Atlantic e Shell.
A partir de 1973, os preços dos produtos aumentaram no mercado internacional em virtude do boicote árabe. Somente nos anos 80 os preços recuaram por causa da retração do mercado mundial, surgimento de novos produtores e utilização de novas fontes energéticas, como o álcool, no Brasil e o metanol nos EUA.
A Bacia de Campos, na plataforma continental do Rio de Janeiro, apresenta a maior produção com 61% do total produzido no país.
O Recôncavo Baiano, que já foi a principal área produtora está perdendo o segundo lugar para o litoral do Rio Grande do Norte, seguindo por Sergipe, Ceará, Espírito Santo, Alagoas e Maranhão.
No início de 1998, a produção era de pouco mais de 930 mil BPD (barris por dia), enquanto que o consumo ultrapassava 1,6 bilhões de BPD.
O Brasil importa petróleo de todos os países da Opep (Organização dos países exportadores de petróleo) e também de países não-membros dessa organização, como: 
Angola, Egito, China, Rússia, México, Inglaterra, Noruega e Argentina.




Refino

O refino do petróleo, bem como pesquisa e prospecção, transporte e importação do petróleo bruto e dos derivados, era monopólio da Petrobrás desde sua criação, em 1953. Com a criação da Agência Nacional do Petróleo (ANP) em 1998, esse monopólio foi quebrado pois empresas estrangeiras poderão participar dessa atividade a partir de 1999.
As refinarias da Petrobrás se localizam junto ao mercado consumidor e distante das áreas de produção. Tal fato se justifica porque é mais fácil, mais barato e menos perigoso transportar o petróleo bruto do que os seus derivados.




Transporte do Petróleo


É feito pela Fronape – Frota Nacional de Petroleiros, além de navios contratados no exterior, tais navios petroleiros só atracam em portos especializados, denominados de terminais marítimos que são: no Sergipe, Atalaia Velha; na Bahia, Almirante Álvares Câmara, no Rio de Janeiro, Almirante Tamandaré, em São Paulo, Almirante Barroso (São Sebastião); Em Santa Catarina, São Francisco do Sul e no Rio Grande do Sul, Almirante Soares Dutra.




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