segunda-feira, 16 de setembro de 2013

República Velha - República Oligárquica (Movimentos Sociais)

República Velha - República Oligárquica (Movimentos Sociais)

Saludos amigos,
hoje vamos tratar de um tema muito importante para a prova do Enem: os Movimentos sociais da República Velha. Para melhor organizar o nosso conteúdo, vamos dividi-lo em exemplos rurais e urbanos.
Movimentos Sociais Rurais

  • Canudos
Um dos exemplos mais categóricos dos movimentos de contestação das imposições sociais está ligado ao nome de Antônio Vicente Mendes Maciel – o Antônio Conselheiro. Tratamos aqui do movimento de Canudos que se deu na Bahia no final do século XIX. Conselheiro era um beato, figura ligada a vida religiosa, mas não necessariamente ligada ao clero católico, que percorreu o sertão baiano arrastando uma verdadeira multidão com sua fala messiânica e a garantida de uma terra prometida. A região encontrada era próxima ao rio Vaza Barris que logo seria conhecida como Arraial de Canudos. Uma grande comunidade foi formada na qual se praticavam a agricultura, o comércio, e os ritos religiosos criados no local. Despertou a fúria das elites locais ao desarticular as políticas coronelistas e ao desafiar a hierarquia religiosa. O povoado passou a ser visto como uma ameaça sendo taxado de monarquista, por questionar a separação do Estado da Igreja. A primeira campanha contra Canudos deu-se em
1896, no governo de Prudente de Morais. Contudo, a resistência de Canudos foi notável, obrigando as forças da ordem a multiplicar os esforços para combatê-la. Devido às derrotas que as forças oficiais sofreram, a Guerra de Canudos começou a ocupar as páginas dos noticiários, tornando-a nacionalmente conhecida. No ano de 1897, em abril, finalmente se organizou a quarta expedição, sob o comando do general Artur de Andrada Guimarães, formada por 8 mil soldados equipados com as mais modernas armas do tempo. Canudos resistiu até 5 de outubro desse ano, quando foi arrasado e seus habitantes dizimados pelas tropas.

  • Contestado
O conflito do Contestado deu-se já no século XX entre os anos de 1912 e 1916 em uma região disputada entre os estados do Paraná e de Santa Catarina. Desde o início da povoação do local a violência fizera-se presente: inicialmente, no século XVII devido aos confrontos com as populações indígenas lá existentes; posteriormente pelas disputas entre os proprietários locais; durante o Segundo Reinado pelas decorrências da Revolução Farroupilha e finalmente na década de 90 do oitocentos pela Revolta Federalista (1893). A religiosidade fora sempre um importante fator de coesão social. No final do século XIX tornou-se célebre a figura do monge João Maria como liderança religiosa e política local, exercendo sobre os sertanejos grande influência. No início da década de 10 do século seguinte, após a morte de João Maria, assume o seu lugar outro monge, José Maria, que dizia ser seu irmão, passando a liderar rapidamente um grande número de fiéis. O conflito teve início, pois uma estrada de ferro estava sendo construída para ligar São Paulo ao Rio Grande do Sul, o que levaria ao desalojamento e perda de emprego de milhares de famílias. Descontentes com a liderança e influência exercida por José Maria os mandatários locais associaram-se aos governos estadual e federal para por fim ao movimento. O desfecho foi violentíssimo após quase quatro anos de enfrentamentos sangrentos entre os camponeses e as forças de repressão.
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  • Revolta de Juazeiro
 Confronto armado entre as oligarquias cearenses e o poder federal devido à interferência do poder central na política cearense nas primeiras décadas do século XX. Passada na região do sertão do Cariri, no interior do estado do Ceará, a revolta está intimamente ligada a uma importante figura religiosa para a região, e para o nordeste como um todo: Padre Cícero. No ano de 1911, com o apoio das elites locais, o padre foi eleito para o cargo de prefeito da cidade e Juazeiro do Norte. Para garantir a permanência das oligarquias regionais no poder, em especial a família Acioli, Padre Cícero articula um grande acordo que ficaria conhecido como o “Pacto dos Coronéis” reunindo 17 dos principais mandatários locais. Reunidos pressionam a Assembleia Legislativa a repudiar o nome de Franco Rabelo que havia sido indicado pelo então presidente Hermes da Fonseca para a governança do Estado. Para garantir a decisão tomada pelo pacto os grandes fazendeiros armam camponeses e seus jagunços para pressionarem, na capital, as autoridades políticas para que dessem atenção às suas demandas. Rabelo acaba renunciando e o Presidente da República nomeia um novo interventor: o general Setembrino de Carvalho. Ao fim dos combates em 1914, Hermes da Fonseca viu-se obrigado a curvar-se diante das elites locais e aceitar o retorno dos Acioli para o governo cearense. Padre Cícero tornou-se uma figura extremamente querida pela população sertaneja nordestina sendo aclamado como santo, principalmente após a sua morte em 1934.

  • Cangaço
Classificado pelo, recém-falecido, historiador inglês Eric Hobsbawm como um dos exemplos de banditismo social, o Cangaço foi uma manifestação ocorrida no nordeste brasileiro até meados da década de 40. O bandido social é comumente um membro social do âmbito rural brasileiro que passa a ser considerado, por inúmeras razões, um bandido. Vivendo a margem da sociedade passa a praticar ações criminosas, mas sendo muitas vezes visto como um vingador, um justiceiro, um Robim Hood que toma dos ricos e oferece aos pobres. O bandido social diferia do bandido comum por sua origem. Em geral, tornava-se um "fora-da-lei" como resposta às injustiças e perseguições que sofria. Por isso, era objeto de admiração pela comunidade, que,
não raro, engrandecia seus feitos de coragem e valentia. Apesar disso, diferentemente do
revolucionário, o bandido social não era necessariamente contra os dominantes, nem era
portador de projetos de transformação social. O seu prestígio vinha do fato de apresentar-se como porta voz da resistência de um mundo em dissolução. No caminho dos cangaceiros a violência era uma constante, seja na forma como a sociedade os tratava seja nos enfrentamentos ao grupo policial criado para enfrenta-los: a Polícia Volante. Muitos cangaceiros ganharam notoriedade, tais como Corisco e o “Rei do Cangaço” Lampião.



Querendo descobrir mais sobre o cangaço clique aqui e aqui!

Movimentos Sociais Urbanos

  • A Revolta da Vacina


  • A Revolta da Chibata

  
Olha Aqui: Caiu no ENEM!

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