A sociedade brasileira dos séculos XVI e XVII estava dividida em dois grupos principais: senhores e escravos.
O engenho era um mundo mais ou menos fechado, onde a vida das pessoas estava submetida às ordens e autoridade do senhor de engenho.
Os senhores de engenho eram portugueses ricos que se dedicavam à produção e ao comércio do açúcar. Sua autoridade não se limitava apenas à propriedade açucareira, estendia-se por toda a região vizinha, vilas e povoados, através de sua participação nas câmaras municipais.
Os escravos trabalhavam nas plantações, na moenda, nas fornalhas e nas caldeiras. Era comum os escravos perderem a mão ou o braço na moenda. Em muitos engenhos, próximos à moenda havia um pé-de-cabra e uma machadinha para amputar o membro dos escravos acidentados.
Entre esses dois grupos opostos, havia uma camada intermediária de pessoas que serviam aos interesses dos senhores. Como: alguns poucos trabalhadores assalariados (feitores, mestres de açúcar, purgadores etc.); os agregados (moradores do engenho que prestavam serviços em troca de proteção e auxílio); padres; alguns funcionários do rei; alguns raros profissionais liberais (médicos, advogados, engenheiros).
São características dessa sociedade:
O patriarcalismo: o senhor do engenho era o patriarca (chefe), que concentrava em suas mãos o poder econômico, político e ideológico (isto é, da formação das idéias dominantes).
O ruralismo: o campo era o centro dinâmico dessa sociedade.
A estratificação social: era uma sociedade dividida em camadas bem definidas, sendo muito raro alguém conseguir ascender na posição social. Não havia a possibilidade do escravo chegar à condição de senhor ou do senhor descer à posição de escravos.
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