Por Amilton Junior
Boi Gordo – No mais conhecido caso de pirâmide financeira do Brasil, 30.000 investidores perderam nada menos que 3,9 bilhões de reais. Seduzidos pelaoportunidade de embolsar um lucro mínimo de 42% no prazo de um ano e meio, eles aplicaram suas economias nas Fazendas Reunidas Boi Gordo. A empresa chegou ao mercado em 1988, mas só começou a vender os chamados contratos de investimento coletivo (CICs) nos anos 90. O sistema se assentava na engorda de bois e criação de bezerros, mas os lucros repassados eram pagos, sobretudo, pela entrada de novos investidores no negócio.
Avestruz Master – Fundado em Goiânia em 1998, o grupo Avestruz Master oferecia contratos de compra e venda de avestruzes com compromisso de recompra dos animais. Mas, em sete anos de operação, nenhuma ave foi abatida. Na teoria, a Avestruz Master teria comercializado mais de 600 mil animais. Na prática, só possuía 38 mil. O grupo conquistou 40.000 investidores no Brasil, 30.000 deles só no estado de Goiás. Para engordar a base da pirâmide, foram gastos 4 milhões de reais em publicidade em 2004 – e apenas 100.000 reais em ração para as avestruzes. Quando a pirâmide ruiu em 2005, a empresa fechou as portas e seus sócios fugiram para o Paraguai. Em 2010, a Justiça Federal condenou os dois filhos e o genro do dono da Avestruz Master a indenizar os investidores em 100 milhões de reais. Os acusados também receberam penas de 12 a 13 anos de prisão. A execução da indenização, contudo, só irá acontecer quando todos os recursos judiciais tiverem se esgotado. Se executada, ela não será suficiente para cobrir o prejuízo total amargado pelos investidores, estimado em 1 bilhão de reais.
Com informações da revista Exame – Editora Abril – 1 de julho de 2011.
Amilton Junior
De Ivaiporã/PR, Engenheiro de Computação, Administrador do Grupo Dicas em Geral. Apaixonado por Tecnologia e Informática.
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